agosto 10

O Último Mês de Tábata

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Tabata tinha sido uma cadelinha muito amada. Aos 17 anos, porém, a sua vida estava ficando cada vez mais difícil. Combatendo um câncer enquanto lutava para executar as tarefas mais simples do dia-a-dia, como caminhar, fazer as suas necessidades ou até mesmo dormir, ela começou a dar muito trabalho à sua tutora. E o que essa tutora fez?

Se dedicou ainda mais a ela, fortalecendo o seu vínculo e provando o seu amor a cada dia que passava. Sendo fotógrafa, a tutora Mariah Peixoto decidiu registrar em imagens emocionantes o último mês de vida da sua cadelinha, que finalmente perdeu a batalha contra o câncer em 23 de julho de 2016. O resultado é impressionante.

Com a autorização da mamãe Mariah Peixoto, reproduzimos abaixo as lindíssimas fotos da Tabata em seus últimos dias de vida, e as respectivas legendas. Vale a pena apreciar esta arte que nos leva a refletir sobre a responsabilidade de se ter cães, e o amor incondicional que surge quando nos dedicamos a eles.


RELICÁRIO: TABATA

Uma homenagem à minha irmã canina que faleceu dia 23 de julho de 2016, aos 17 anos, após lutar contra o câncer.
Sentimos muitas saudades. Espero que você esteja correndo em muitos tanques de areias celestiais por aí! <3


Essas fotos foram tiradas pelo mês de julho, mês do falecimento. Ela já estava bastante fraca, porém ainda tentando andar. Esses são registros que fiz com muito e carinho e tristeza, porém faço questão de mostrar o quão linda ela sempre foi, além de lembrar a todos que os filhotes crescem e envelhecem e, na velhice, dão muito trabalho, mais do que na infância!! Foram madrugadas em claro tentando fazê-la dormir *sem exageros*, muita sujeira para limpar, muitos banhos na pia e mil ideias mirabolantes que tivemos de ter para tentarmos melhorar a condição de vida dessa pequenininha. Ela foi muito amada em toda sua vida e isso é ESSENCIAL.

Não abandone seu animal! Não fique de saco cheio; se você o quis filhote deve querê-lo velho também!!! Cachorro não é brinquedo! Cuidem e amem seus companheiros, pois eles precisarão muito de vocês!!

Tabata - Mariah (12)

A Tabata chegou em nossa casa quando eu tinha apenas 5 anos, em 1999. Essa foto que seguro é um dos primeiros dias da pequena aqui em casa, com poucos centímetros de comprimento. Ela, atrás da foto, foi clicada em 6 de julho de 2016. Elá já estava com câncer desde 2014 e perdendo o movimento das pernas, porém continuava com a mesma carinha de bebê, apesar dos muitos pelos brancos.

Tabata - Mariah (6)

Essa é uma foto sobre velhices. Atrás, é possível ver o meu avô, que está com dificuldades para andar e utilizando o seu andador, o objeto de metal grande presente na foto. Ele estava sentado vendo televisão. Em primeiro plano temos Tabata, que ganhou uma cadeira de rodas feita pelo meu tio e pela minha irmã, para ajudá-la a movimentar a patinha traseira. Ela também estava com sérias dificuldades para andar.

A Tabata estava andando em círculos no final da vida, ficava rodando, rodando e rodando… Nesse momento ela estava rodando em volta de uma das pernas do andador.

Tabata - Mariah (16)

Aqui, um retrato.

A Tabata estava difícil de deixar sozinha, pois ela tinha perdido seu senso de direção. Andava em círculos, caía e não conseguia levantar sozinha, deparava-se com a parede e não sabia sair de lá, ficava presa. constantemente em mesas, cadeiras… De madrugada muitas vezes éramos acordadas com o seu choro e encontrávamos ela perdida em seu quartinho… 🙁

Tabata - Mariah (3)

De fraldinha.

Tentamos comprar fraldas caninas para ela, pois, como ela tinha dificuldade para andar e não podia ficar todo o dia na cadeira, muitas vezes ela fazia xixi sentada e se sujava inteira. As fraldas infelizmente não deram certo…

Tabata - Mariah (14)

Ao Sol.

Tabata - Mariah (8)

Ossinhos.

Emagreceu bastante nos últimos meses de vida.

Tabata - Mariah (19)

Patinhas brancas.

Tabata - Mariah (9)

Quase uma bebê.

Tabata - Mariah (1)

Barriguinha e mãos.

Essa é a Tábata deitada no colo da minha mãe. Essas cicatrizes na sua barriga e a ausência de mamas foram decorrentes de um câncer no ovário, anos atrás.

Tabata - Mariah (17)

Dormindo enquanto tentávamos trocar suas fraldas…

Tabata - Mariah (5)

Eu e ela indo cochilar no sofá.

Tabata - Mariah (7)

Lutando contra o sono.

Tabata - Mariah (13)

Dormiu.

Tabata - Mariah (10)

Como a pequena estava se perdendo pela casa, tivemos que colocar uma grade de segurança e deixá-la na área de serviço quando saíamos e na hora de dormir. Mesmo assim muitas vezes ela se perdia por lá também…

Tabata - Mariah (15)

Sentadinha.

Tabata - Mariah (11)

Rodando em círculos com a cadeirinha.

Tabata - Mariah (2)

Patas no escuro.

Tabata - Mariah (4)

O círculo.

Tabata - Mariah (18)

Uma saudade: o barulho de suas patinhas pelo chão da casa. Te amamos muito! 

 

Fotos e legendas: Mariah Peixoto.


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  1. Perdi meu velhinho com câncer também, mastocitoma ,fizemos uma operação,mas voltou muito mais agressivo, apesar das feridas pelo corpo todo,principalmente na pata, que vazava pela casa toda,não me importei de ter que limpar a casa várias vezes por dia,nem carregá-lo nos braços lá fora e esperar pacientemente ele se aliviar,muitas vezes depois de passarmos tempo lá fora,ainda fazia suas necessidades dentro de casa, não me importava. Meu velhinho estava bem lúcido, nesses últimos meses,perece que eu era a sua única referência, até seu último dia,justou todas suas forças para tentar me seguir pela casa, quando não conseguiu se levantar mais, me seguia com o olhar, esse olhar dele parece que penetrava dentro da minha alma, tínhamos uma conexão muito grande, sei que ele me adorava com todo seu coração, eu também o adorava,mas com certeza não chegava nem perto do amor que ele tinha por mim, pois meu amor era dividido também com marido filhos e outros animais, o dele era todo para mim. Meu Cletus me deu 14 anos de muitas alegrias e muitas memórias foram revistas com sua partida, nos melhores momentos da minha vida ele esteve sempre presente e ainda faz muita falta, mas procuro controlar minha saudades,pois acredito que ele esteja lá com os anjos e este sentimento deva despertar angústia no espírito dele também, mas se ele tinha uma missão a cumprir aqui ,que era trazer amor ,trazer consciência em relação aos outros animais,esta missão ele cumpriu bem, pois me mostrou que animais amam também, ele veio com uma tutora carnista e insensível e deixou aqui na terra alguém que se tornou vegana por causa dele, alguém que agora ama e respeita todos animais.

    1. Olá Lorenza,
      Sinto muito pelo Cletus… Ele deve ter sido um ótimo companheiro, com certeza muito amado! Cada segundo ao lado dos nossos peludos, vale a pena <3
      Muita força nesta hora, e que a sua estrelinha brilhe muito lá no céu para sempre iluminar o seu caminho!
      Um grande abraço no coração!

      1. Obrigada,agora faz quase um mês, todos os dias lembro dele com carinho,mas ontem sonhei com ele muito feliz e contente,me pareceu um recado dos anjos de que ele realmente está bem agora.

    1. Olá, Eloiza!
      A história é linda mesmo! Nós também ficamos muito felizes por termos tido o privilégio conhecer a aumiga Mariah Peixoto (virtualmente, pelo menos rsrsrs) e compartilhar a sua história. Com certeza, serve como inspiração para muitos tutores! <3
      Obrigada,
      Um grande abraço!

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